Como sobreviver a pessoas tóxicas

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Procuro não trazer temas negativos ao blog porque acredito que devemos combater a negatividade com uma dose XXL de optimismo, mas também sou da opinião que é importante aprendermos a identificar aquilo a que eu chamo de "pessoas tóxicas" e que tantas vezes interferem directa ou indirectamente nas nossas vidas.

Numa época em que tanto se fala sobre a importância do optimismo e em que livros com temas como o segredo da felicidade são sinónimo de sucesso de vendas (sugestão de leitura: O Livro do Hygge, de Meik Wiking), continuamos a ser confrontados com bloqueios desnecessários, muitas vezes resultado da convivência com pessoas que têm uma visão negra de quase tudo. Podemos até não nos aperceber de imediato, mas estarmos expostos a ambientes negativos pode ser altamente desgastante, levando-nos, inclusivamente, a sentir um grande cansaço mental e físico, fruto da energia que despendemos nessas situações.

Na minha procura por uma vida mais serena e saudável, compreendi que este é um tema que implica muita aprendizagem e trabalho individual. Todos os dias são uma oportunidade de lidarmos com algo novo e a nossa reacção perante os desafios é que determina o grau de sucesso do nosso esforço diário. Também sou daquelas pessoas que acredita que os signos têm características determinantes nos indivíduos. Enquanto Carneiro, por exemplo, identifico a teimosia e a impulsividade como aspectos inerentes ao meu feitio e que, não raras vezes, ganham terreno em situações de maior desgaste. Mas também sei que só depende de mim controlar esse lado e é nisso que me foco com bastante frequência, embora nem sempre seja bem sucedida.

Dito isto, há sempre formas de melhorar a nossa atitude e os nossos pensamentos perante situações e pessoas desconfortáveis. A melhor de todas é começar por evitá-las, mas há momentos em que tal não é possível... E aí, devemos recorrer a pequenos exercícios que nos podem ajudar a ultrapassar estes momentos.

- RELATIVIZAR

Desvalorizar as situações continua a ser uma das melhores formas de ultrapassá-las. Se nos parecer o fim do mundo, devemos lembrar-nos que, provavelmente, não é. Independentemente do problema, o importante é manter o foco na solução. Na prática, as coisas e as pessoas só têm a importância que lhes quisermos dar.

- NÃO ALIMENTAR

Podemos e devemos falar sobre os assuntos, primeiro porque estamos a assumir que existem e depois porque parecem sempre menos preocupantes depois de os contarmos a alguém, mas também devemos colocar um travão logo a seguir. Alimentar um assunto é dar-lhe força e importância. Não se esqueçam: falar é diferente de reclamar.

- CONTRARIAR

Quando algo negativo surge na nossa mente, devemos, de imediato, tentar contrariar procurando outros pensamentos que anulem os anteriores. Recordo-me de ter lido um livro que sugeria um exercício curioso: imaginarmos uma vassourinha mental a "varrer" estes pensamentos até que eles desaparecessem. Já dei por mim a fazer isto algumas vezes. O mesmo se passa com as palavras... Se estamos perante alguém que tem um discurso negativo, devemos tentar inverter a situação, cortando essas conversas e procurando outras mais neutras.

- PENSAR

Um dos grandes problemas é quando (re)agimos antes de pensar. Isto pode acontecer, sobretudo, em situações nas quais somos apanhados de surpresa. Tenham presente que as pessoas tóxicas são mestres na arte da inconveniência e que vibram com a ideia de conseguirem incomodar alguém. Pensar antes de falar é o mais prudente e sensato.

- RESPIRAR

Há situações de maior desgaste onde se torna difícil manter a calma. Um dos exercícios mais antigos do mundo continua também a ser um dos mais eficazes: respirar. Quem tem conhecimento de técnicas para controlar a respiração, consegue tirar grande partido delas em momentos de stress. A prática de exercício físico, pode ser também uma excelente forma de aprender a lidar com o desgaste emocional.

- AGRADECER

As pessoas tóxicas perdem demasiado tempo a constatar o que está mal e a reclamar daquilo que não têm. Há várias formas de nos sentirmos bem e felizes, uma delas é aprender a agradecer por aquilo que a vida nos dá. E isto deveria ser um exercício diário. Nos dias de tempestade, por exemplo, agradecer por termos um tecto e uma cama quentinha, em vez de reclamarmos porque a chuva nunca mais acaba.

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Todos nós temos dias menos felizes mas não é isso que nos define enquanto pessoas. É muito positivo que tenhamos a sensibilidade de perceber quais são aqueles que devemos manter à nossa volta e os outros de quem nos devemos afastar.

A figura da pessoa tóxica pode manifestar-se das mais diversas formas: um chefe, um colega, um familiar, um conhecido, um vizinho... Mas, normalmente, têm sempre algo em comum: deixam desconfortáveis os que se encontram à sua volta, seja pelo discurso, pelas atitudes ou apenas pela presença. E, por isso, são fáceis de identificar, ainda que uma primeira impressão possa não ser suficiente.

Estejam atentos e afastem-se de pessoas mal resolvidas. É uma das formas mais eficazes de mantermos a felicidade e o equilíbrio.