Ao Novo Ano!


Nesta passagem de ano decidi que não iria comer passas, formular desejos ou cumprir outro tipo de ritual típico deste momento. Limitei-me a assistir tranquilamente e na melhor companhia aos fogos de artifício, numa espécie de secret spot de onde é possível assistir em simultâneo a três dos espectáculos mais emblemáticos: Terreiro do Paço, Cacilhas e Parque das Nações.
Resolvi entrar em 2016 de uma forma diferente: agradecendo pelo ano que passou. Por tudo o que consegui alcançar, por fazer aquilo que gosto e poder viver disso, por ter saúde, por estar rodeada das minhas pessoas, pelos que se aproximaram com boas intenções e ficaram, pelos que se revelaram de forma negativa e dos quais me afastei [faço questão de agradecer por isso, ao que chamo de selecção natural].

Sou da opinião que as resoluções de ano novo são uma excelente forma das pessoas se enganarem. Tenho inclusivamente a impressão que muitos olham para a passagem de ano como uma espécie de Aladino a quem podem pedir doze desejos. E por isso aproveitam para pedir ao génio da lâmpada todas as coisas difíceis que não conseguem fazer sozinhos durante o ano: deixar de fumar, perder peso ou inscrever-se num ginásio. Estas e outras metas, aparentemente importantes, que teimam em estabelecer durante anos a fio no momento em que batem as doze badaladas, vão perdendo novamente força à medida que o dia 1 se afasta. Seguem-se infinitas desculpas para os fantásticos planos do ano novo não se concretizarem: falta de tempo, falta de dinheiro, falta de disponibilidade [física ou mental], falta de qualquer outra coisa que justifique a falta maior - de compromisso com eles próprios.

Acredito que a grande diferença reside no facto de interiorizarmos que a mudança está em nós e não no novo ano. É importante tomarmos consciência que todos os desejos formulados só serão alcançados se trabalharmos para isso e se realmente quisermos. Não basta pedir... E é por isso que não tenho nenhuma lista com 12 resoluções estrondosas para este ano [na verdade, sempre tive os pés na terra com os objectivos que pretendia para o ano seguinte].
Decidi que não vou começar o ano com intenção de... Vou fazer! Elaborei mentalmente o que pretendo concretizar e estou a trabalhar para isso.

Neste Dia de Reis em que se encerram as celebrações do Natal, faço votos para que não tenham pedido ao Aladino nada que não consigam concretizar. Acima de tudo é preciso querer muito! E não há nada mais motivante do que alcançarmos as metas definidas por nós, mesmo com todos os obstáculos que vamos encontrando no caminho. 

Comentários

  1. Por isso é que eu nunca peço nada :). De certeza que algumas coisas positivas irão acontecer. O ano passado , por exemplo, foi a nossa (re) descoberta recíproca.

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    1. Algumas só não... Muitas coisas positivas vão acontecer!
      O ano passado foi muito importante também por isso :)

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